A DRE e o FLUXO DE CAIXA São Diferentes Visões do Mesmo Tema

Na lista de assuntos para o site da Integrum Inteligência Industrial constava a sugestão de apresentar “O que é a DRE” e por mais que buscássemos como demonstrá-lo de forma útil (bibliografias, Youtube e Google desenham o como fazer com clareza) na visão do modelo acadêmico não encontramos algo além do óbvio. Então fomos atrás das relações com a DRE e detectamos algumas análises relevantes e isto nos estimulou ao artigo que segue, fazendo a relação entre dois pontos relevantes na visão da gestão de uma indústria. A DRE e o FLUXO DE CAIXA, suas diferenças e logo, suas importâncias.

Como sempre nos pronunciamos aqui nos DROPS da Integrum, vamos conceituar cada um dos tópicos, DRE e FLUXO DE CAIXA, para podermos trabalhar melhor a comparação entre os dois.

DRE

A Demonstração do Resultado do Exercício – DRE – é um relatório contábil que evidencia se as operações de uma empresa estão gerando lucro ou prejuízo, considerando um determinado período.

A DRE é confeccionada junto com o Balanço Patrimonial, e deve ser assinada por um contador habilitado pelo CRC (Conselho Regional de Contabilidade). Pela lei, o relatório é obrigatório para todas as empresas, exceto o MEI, e deve ser feito anualmente (após o encerramento do ano-calendário, que é o período compreendido entre janeiro e dezembro de um mesmo ano).

Ao utilizar esse controle também como relatório gerencial, você poderá avaliar como anda a saúde financeira da sua empresa e, assim, usar as informações para tomar decisões que irão reduzir gastos e fazer seu negócio faturar mais. No entanto, a importância desse documento vai além do cumprimento das exigências contábeis e fiscais. Ter este controle também é essencial para o sucesso do negócio.

FLUXO DE CAIXA

O Fluxo de Caixa representa, de forma clara e transparente, a situação presente e futura do caixa da empresa na linha do tempo. Quando bem construído, trás o cenário das disponibilidades ou especialmente das faltas do dinheiro no dia a dia, permitindo ao gestor antecipar a falta de recursos para cumprir seus compromissos financeiros. Desta forma, vislumbrando o cenário futuro, pode o gestor atuar sobre a produção por exemplo, para antecipar, quando aceito pelo cliente, entregas. Negociar com fornecedores a postergação de pagamentos para momentos de disponibilidade de caixa evitando a inadimplência, ou a queima de aplicações financeiras entre outros “ajustes possíveis”.

Vamos lá então, de forma muito simples e objetiva vamos apresentar esta relação por um comparativo:

Exemplo:

Para ilustrar melhor as informações acima, em especial as da tabela acima, onde fazemos um comparativo entre os dois temas, DRE e FLUXO DE CAIXA, tomemos os cenários abaixo para distingui-los entre a DRE, que se baseia pelo Regime de Competência e o Fluxo de Caixa, pelo Regime de caixa. O exemplo proposto busca demonstrar visualmente a distinção DO MOMENTO que ocorrem os fatos, observe com muita atenção os MOMENTOS dos mesmos eventos nos dois blocos à seguir:

Premissas do Faturamento:

✓ Em dezembro/2020, venda de produtos no valor de R$ 5.000,00 para pagamento em 30 dias;

✓ Em janeiro/2021, venda de produtos no valor de R$ 3.000,00 parcelados em 3 vezes de R$ 1.000,00, com entrada;

✓ Em fevereiro/2021, venda de produtos no valor de R$ 1.000,00 à vista.

Premissas das Despesas:

✓ Salário: salário do pessoal do mês de dezembro/2020, pago no mês de janeiro/2021: R$ 1.000,00;

✓ Salário: salário do pessoal do mês de janeiro/2021, pago no mês de fevereiro/2021: R$ 1.000,00;

✓ Salário: salário do pessoal do mês de fevereiro/2021, pago no mês de março/2021: R$ 1.000,00;

✓ Simples Nacional do mês de dezembro/2020, pago mês de janeiro/2021: R$ 600,00;

✓ Simples Nacional do mês de janeiro/2021, pago em fevereiro/2021: R$ 360,00;

✓ Material de limpeza: compra de material de limpeza em fevereiro/2021 no valor de R$ 200,00, parcelado em duas vezes de R$ 100,00, sem entrada.

JUNTANDO TUDO

Agora siga o mesmo raciocínio dos modelos anteriores, uma visão do MOMENTO em que os fatos se realizaram, que eles aconteceram e os resultados obtidos e, noutra visão, por Regime de Caixa, quando de fato houve os movimentos dos valores e a situação do caixa naqueles exatos momentos em que se consumaram ou se consumarão.

Regime de Competência

Regime de Caixa

Ambas as informações são de suma importância ao gestor, no DRE, ele pode monitorar o que aconteceu de forma absoluta no seu negócio, percebendo e analisando a performance dele ao longo do tempo e analisando as tendências ali demonstradas, como Lucros e Prejuízos, EBTIDA, entre outras e na outra, o gestor poderá visualizar o cenário financeiro de curto, médio e longo prazos, longo prazo depende de quão distante poderá existir uma previsibilidade segura de receitas e despesas.

Então, este é um assunto que vale, caso o gestor ou empresário não tenha total formação acadêmica, procurar o conhecimento pelos diversos canais disponibilizados ao aprendizado, pois fará toda diferença ao gestor.

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