Muito tempo depois aprendi que o nome dado ao produto pelo mercado era M.E.S. – Manufacturing Execution Systems, mas isto a DEZ ou mais anos após fazer parte do projeto de criação de uma solução M.E.S, talvez uma das primeiras ou a primeira do Brasil!
O Controle da Produção em Tempo Real, este foi o nome original, hoje chamamos simplesmente de M.E.S., expressão usada para sistemas que objetivam o gerenciamento dos eventos da produção ao vivo e que fazem o encontro entre o planejamento da produção e o que de fato acontece ali no chão de fábrica. Os sistemas M.E.S. trazem dados precisos e no “real time” que permitem, pela visão ao vivo dos fatos da produção a otimização de todas as etapas desta, desde a emissão da ordem até o embarque dos produtos finalizados.
Havia um vácuo nos ERP´s, melhor ainda, há um vácuo nos ERP´s atuais entre o que se planeja para as ordens de fabricação no chão de fábrica e o que de fato ocorre com elas. O M.E.S. veio para cobrir esta lacuna, na grande maioria dos casos são mais um “novo software conectado ao ERP”, aqui no Integrum ele é nativo no módulo de Manufatura, e que permite, pelo acompanhamento das Ordens de Fabricação em tempo real, uma visão muito mais realista do que ocorre lá na produção, acessível de qualquer lugar a quem a empresa deseje exibir tais dados.
Viver a experiência da fábrica ao vivo entrega aos gestores, às equipes de PCP´s e aos departamentos comerciais uma nova visão do que está ocorrendo ali onde se agrega o verdadeiro valor ao produto. Esta visão ao vivo, da fábrica, entrega uma série de vantagens aos que lidam com M.E.S. no dia a dia, eis algumas delas:
- Identificação de gargalos da produção;
- Apoio à manufatura enxuta e a melhoria contínua;
- Localização dos pedidos em tempo real – apoio direto ao comercial que passa a ter informações precisas de seus pedidos e respostas imediatas aos seus clientes;
- Melhoria na confiabilidade do produto acabado pelo aperfeiçoamento do controle de qualidade;
- Visão clara, precisa e inequívoca do custo do produto fabricado/vendido;
- Sincronização da produção com a cadeia de suprimentos;
- Redução de lead-times;
- Aperfeiçoamento dos níveis de atendimento dos prazos de entregas;
- Otimização das diferenças de inventários;
- Redução de estoques;
- Melhoria da produtividade da fábrica;
- Redução de quebras e aumento de disponibilidade dor recursos de e equipamentos da fábrica;
- Redução dos setups;
- Redução das perdas de materiais;
- Redução dos custos de produção.
Na prática, nos raríssimos casos em que o M.E.S. faz parte nativa do ERP, eis algumas das funções que estes devem ter:
- Nos ERP´s que não possui o M.E.S. nativo, a importação de dados do ERP como BOM´s (bill of materials), recursos de fábrica, estoques, controles de qualidade, operadores entre outros;
- Listas de separação de materiais para suporte as OF´s geradas quando o ERP não os possuir;
- Dados informacionais de qualidade, instruções de trabalhos para os recursos/células produtivas seguindo prioridades como data de entrega dos pedidos e/ou outros critérios personalizáveis;
- Capacidade de coletar dados por diversos e diferentes dispositivos no chão de fábrica;
- Instruções para reposição de materiais na produção;
- Capacidade de análises de dados advindos do controle dos eventos da produção ao vivo e mostrando pontos críticos do processo como restrições e atrasos, além de:
- Desempenho do operador;
- Desempenho do recurso;
- OEE (Overall Equipment Effectiveness) Eficiência Global da Produção;
- CEP (Controle Estatístico de Processos), entre outros.
- Aquisição de dados da qualidade, tanto do processo quanto do produto em tempo real e a exibição qualificada destes dados coletados;
- Quando não nativo no ERP, a devolutiva de dados necessários ao funcionamento do ERP para fins de controle de estoques, consumos e faturamento dos bens fabricados, entre outros tantos.
P.S. – Nossa história com o M.E.S. teve início em 1990, antes mesmo de constituirmos a Integrum, onde eu, recém-formado em eletrônica, participei como técnico do projeto de implementação do controle de produção na Calçados Via Marte, o das “garotas do Brasil”, numa época que não tínhamos redes corporativas, não tínhamos wifi, e sequer coletores de dados portáteis disponíveis no Brasil ou leitores óticos “ali na lojinha”. Então, através de uma rede de dados RS 232C, muito arcaica, passamos a controlar em tempo real a produção da filial 1 da empresa, em seis e depois 11 pontos de leitura, algo impensado naquela época. Depois, depois só evoluímos em nossa visão e soluções para gestão da produção e das indústrias.
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Paula Denise Carlos – comercial@integrum.inf.br
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