A INDÚSTRIA 4.0

Há um bom tempo venho lendo à respeito do tema Indústria 4.0 nos mais diversos canais de informação e “tomando coragem de escrever sobre”. Acompanhei informações trazidas por membros do nosso time e que participaram de eventos e treinamentos sobre o tema, conversei com pessoas e amigos da área de gestão industrial e que buscaram contato com o assunto e outros que nem tanto. Como percepção pessoal vejo primeiramente que temos muito a evoluir, temos muitos passos a serem dados e não falo isto por conta do que é ou o que propõe o conceito da Indústria 4.0 (“Mestre Google” responde muito sobre o assunto) e sim por perceber que novamente muitos usam a desinformação da grande maioria sobre o assunto e daí propõe soluções parciais, básicas e até mesmo precárias sobre o assunto.

Vejamos um pouquinho de história para conhecermos, lembremos dos marcos chamados REVOLUÇÕES INDUSTRIAIS:

  • A PRIMEIRA ocorre por volta de 1765 com o surgimento da máquina a vapor e todos os benefícios que esta TECNOLOGIA trouxe para a humanidade;
  • A SEGUNDA teve como um dos marcos o Sr. Henry Ford, ali por 1913, com a definição de linhas de produção com metodologias científicas de validação e processos contínuos;
  • A TERCEIRA ocorre com a chegada do computador ao chão de fábrica através dos CLP’s (Controladores Lógico Programáveis) instalados em equipamentos mais sofisticados e alavancam a automação industrial, as trocas rápidas de produtos em produção ou em transformação nas fábricas;
  • A QUARTA tem início ali por 2010 com a chegada da AUTOMAÇÃO DA INFORMAÇÃO (para nós isto ocorreu em ainda 1993 ao participarmos do projeto de controle de produção do Calçados Via Marte) em conjunto com a automação efetiva de muitos equipamentos e processos através da TECNOLOGIA E INFORMAÇÃO.

O que motiva o surgimento da indústria 4.0?

– Avanço exponencial da capacidade computacional;

– Imensa quantidade de informações digitalizadas;

– Novas estratégias de informações;

Benefícios?

  1. Redução de custos – Os custos de produção por unidade passam a ser reduzidos uma vez que há um controle mais global dos métodos e processos;
  2. Economia de energia – O controle do processo fabril garante uma gestão energética mais adequada uma vez que os processos passam a ser monitorados de forma mais precisa e otimizada;
  3. Aumento de segurança – Toda a informação sobre o processo fabril e a gestão da informação da manufatura está no controle de um sistema de gestão da empresa;
  4. Conservação Ambiental – Uso adequado de insumos conforme dimensionamento de matéria prima;
  5. Redução de erros – Cria-se uma base de dados onde os métodos e processos são documentados e o conhecimento adquirido em definições anteriores. Uma vez que um processo seja invalidado, o mesmo fica em poder da empresa e poderá ser utilizado para consultas futuras;
  6. Fim do desperdício – O processo fabril pode vir a gerar insumos que serão documentados e muitas vezes reaproveitados. Um exemplo é a gestão do corte de chapas, onde os retalhos criados serão geridos, eventualmente codificados e reaproveitados;
  7. Transparência nos negócios – Há uma análise em tempo real e cruzamento de todos os dados da empresa. Pode-se analisar a gestão desde os insumos até o seu uso no produto final;
  8. Aumento da qualidade de vida – Uma planta com pessoas produzindo de forma inteligente e com a proteção e a segurança do operário;
  9. Personalização e escala sem precedentes – A produção será dimensionada conforme desejos do cliente e necessidades determinadas conforme vendas.

Como referência para este novo momento da Indústria, temos a INTERNET DAS COISAS – Machine to machine (M2M). E que bicho é este? A Internet nos computadores, e para nós mortais, tem pouco mais de 15 anos, já nos celulares uns 10 anos, porém, se olharmos mais atentamente, vemos que hoje em dia ela está um tudo, nos televisores, carros, diversos equipamentos em nossos lares e entorno (restaurantes, cinemas, shoppings e rodovias). Mas está também na Indústria, onde máquinas, equipamentos e produtos se comunicam entre si e em muitos momentos imputam dados de forma harmônica e ordenada em diversas bases de dados.

A Indústria 4.0 é muita coisa, é máquina ajudando o homem, é máquina aprendendo e fazendo o que o homem não quer fazer ou pode ser ineficiente, é compartilhamento de dados e necessidades ON LINE, é lógica de trabalho, é lógica de pensamento é realmente muita coisa. Vamos nos focar em alguma parte dela para termos um primeiro passo.

Então, a Indústria 4.0 é uma mescla de muitos e relevantes processos, fatos e tecnologias e a INTEGRUM lida com um fato relevante desta transformação a mais de DUAS DÉCADAS – O CONTROLE DA PRODUÇÃO M.E.S. (Manufacturing Execution System).

O controle de produção M.E.S. na indústria 4.0

O M.E.S. é uma das principais maneiras de inserir um processo produtivo na Indústria 4.0, pois o principal objetivo do M.E.S. também é um dos TRÊS principais objetivos da indústria 4.0, que é a MELHORIA DO PROCESSO PRODUTIVO, mais que isso, ele se utiliza de CINCO das NOVE tecnologias mapeadas como da Indústria 4.0

O ato de organizar uma Indústria trás consigo o compromisso de concentrar, organizar e distribuir informações da manufatura de modo a guiar ações que visem melhorar a produtividade, a qualidade e a disponibilidade desta e o M.E.S. tem esta missão em sua essência. Se sua Indústria não controla a produção de forma constante atente-se, Você está ficando para trás.

Como o M.E.S. se insere em uma indústria 4.0?

Conceitualmente o M.E.S. é uma das melhores maneiras de inserir um processo produtivo na Indústria 4.0, pois sua principal função é UM dos TRÊS principais objetivos da Indústria 4.0, a MELHORIA DO PROCESSO PRODUTIVO. É o M.E.S. que nos permite identificar SOBREPRODUÇÃO, gargalos, quebras, paradas de máquinas e muito mais.

Algumas empresas de software ou prestadores de serviços usam o SaaS (em Português – Software como Serviço) como o ponto relevante do M.E.S., ok, pode até ser legal ter um programa rodando em nuvem, mas temos que atentar para a realidade de mercado, depender da disponibilidade da internet? No Brasil? O que importa é ter a possibilidade de adquirir com qualidade dados do processo industrial e transformá-los em informações úteis para resolver demandas do dia a dia.

O M.E.S. integra portanto a Análise de Dados e Big Data pela coletânea de dados adquiridos pelo apontamento de dados, os conceitos dos Sistemas de Integração Vertical e Horizontal, a Internet das Coisas conectando informações em distintos locais físicos, envolve Cibersegurança no cuidado a se ter sobre os dados coletados e como são utilizados na rotina da Indústria, e a Realidade Aumentada, trazendo aos gestores e estrategistas dados reais, da vida real, do chão-de-fábrica (observe que o M.E.S. trás certamente consigo muito dos nove pilares da Indústria 4.0).

A busca por melhoria contínua em produtividade, qualidade e disponibilidade passa, de maneira mais genérica, por 3 etapas cíclicas bem definidas, colocando o M.E.S. como MUITO RELEVANTE neste contexto:

  1. Entender o processo;
  2. Mapear as ineficiências;
  3. Tomar ações.

As duas primeiras etapas acima elencadas dependem em muito de informação, e agir sem informação é sonhar o impossível, eventualmente Você acerta, mas é mais provável o insucesso. Logo, o mais assertivo é tomar ações com base em informações precisas e estas são coletadas e processadas de forma cada vez mais baratas e eficientes através das bases do M.E.S. (Na Integrum, o ERP atendido por M.E.S. nativamente e disponibilidade da Big Data (banco de dados)).

Muitos simplesmente não possuem, outros optam por “chamar consultores” para entender o processo e mapear as ineficiências, olhar apenas para problemas gritantes, coletando e planilhando manualmente dados. Mas o delay destas informação se torna impraticável e inútil para melhorias necessárias na velocidade exigida. Em determinado momento aos que buscam a excelência operacional, haverá necessidade de extrair informações do processo produtivo, processá-los de maneira rápida, entender o que eles significam e direcionar ações, neste momento há que se utilizar um sistema que possua o M.E.S. para suportar o controle e a busca pela excelência operacional.

> Importante: O mercado de softwares se propõe a ofertar um FESTIVAL DE LETRINHAS, uma Babilônia de diferentes sistemas que exigem um ESFORÇO IMENSO para integrarem-se entre, mas nós da Integrum somos diferentes, unimos, desde a concepção original de nossa plataforma (1997), todas as necessidades reais em um ÚNICO E INTEGRADO SISTEMA.

Toda e qualquer Indústria pode e deve ter acesso ao M.E.S., é isto que penso, simples assim, pois não há como ser eficiente e diferenciar-se no mercado sem o que esta ferramenta oferece e pode propiciar a Indústria e ao Gestor.

Encontrei esta lista de justificativas para se ter o M.E.S. e é isso mesmo, simples assim, são ótimas razões para justificar o investimento:

  1. Digitalização – Eliminação de papéis e planilhas, concentrando os dados de produção em um formato único e padrão pela empresa;
  2. Conectividade – Tomada da informação de produção direto das máquinas, ou dos processos que a incluem assim como a contagem, as paradas programadas e não programadas;
  3. Visibilidade – Transformar os dados de produção em informação para tomada de decisão e que esta esteja online e visível a todos na fábrica;
  4. Transparência – Mostrar o impacto das ações e a evolução do processo através de poucos e bons indicadores;
  5. Predição – Prever durante os turnos se as metas serão obtidas e se antecipar aos eventos de ineficiência;
  6. Adaptabilidade – Tomar ações para eventos de ineficiência que forem identificados antecipadamente, de maneira a não deixar que os mesmos ocorram ou, se ocorrerem, que as ações de correção sejam tomadas no menor tempo possível mitigando impactos negativos.

Perceba que as JUSTIFICATIVAS acima se complementam e são como uma escada, cada uma das seis colocam o processo produtivo em um patamar melhor e guiados por informação e não percepções. Ainda, guiados por informações do M.E.S. reforçam três relevantes âmbitos na Indústria:

Nas operações de produção e de manufatura.

  1. Controlando constantemente o estado da produção e validando se os objetivos estão sendo atingidos;
  2. Endereçando as ineficiências identificadas para as áreas corretas;
  3. Ineficiências de desempenho são endereçadas ao time de produção e logística;
  4. Perdas de qualidade são endereçadas ao time de qualidade;
  5. Indisponibilidades são endereçadas ao time de manutenção.

No planejamento da manufatura.

  1. Informação em tempo real apoiando o processo de tomadas de decisões;
  2. Ajudando a organizar e aperfeiçoar a utilização dos recursos produtivos;
  3. Deixando mais claras as ineficiências e possibilitando eliminar as mesmas;
  4. Subsidiando sistemas de planejamento com informação da execução das ordens de produção.

Na performance financeira corporativa.

  1. Evitando, ou identificando rapidamente, surtos de problemas de qualidade;
  2. Gerando uma redução nos custos de produção e evitando atrasos com custos extras;
  3. Redução de estoques em processo (WIP);
  4. Redução de tempos de ciclo;
  5. Redução da quantidade de itens retrabalhados;
  6. Redução com perdas por refugos e sucatas;
  7. Melhorar o market share devido aos ganhos em desempenho produtivo;
  8. Melhorando os serviços ao consumidor com entregas no prazo;
  9. Processos e produtos rastreáveis;
  10. Qualidade assegurada;
  11. Flexibilidade para responder às demandas de clientes através de uma manufatura mais ágil.

Somos a Integrum Inteligência Industrial, aliamos pessoas, conhecimento, organização (inteligência industrial) e a tecnologia em um só negócio.

Antecipe-se, nos contate e vamos trabalhar para MUDAR O RUMO DE SUA FÁBRICA!

Abraço,

Pedro.

Pedro Moacir Joazeiro

Sobre Pedro Moacir Joazeiro

Então, quem é o Pedro? Sou um Sr. “50tão” formado em eletrônica na Fundação Liberato no ano de 1989, trabalhei no regime CLT por menos de três anos e logo me vi como empreendedor ao fundar, como sócio, a primeira empresa aos 23 anos. Desde os primeiros dias da vida profissional surgiu uma afinidade e paixão espontâneas pela indústria, especialmente ao participar do projeto de controle da produção em tempo real, “iniciado em 1990”, em uma grande calçadista gaúcha. Essa visão da fábrica ao vivo sempre me inspirou, levando-me ao momento que consegui transformar o que era apenas a coleta de dados em tempo real, em um produto de software, primeiro com uma série de módulos de PCP´s, diferentes para diferentes seguimentos industriais. Logo depois em um único ERP, multidisciplinar. Tudo isto aconteceu pelas mãos de bons e competentes técnicos da indústria de software, meu papel foi empreender, conduzir os envolvidos no caminho do “sonho empreendedor”, investir o que tinha e o que não tinha para tornar o projeto uma realidade. Hoje, além de um robusto ERP, o Integrum ERP, do qual sou o atual principal definidor, atuo com meu time na consultoria de gestão empresarial, no propósito de elevar o nível de resultados da organização e do aculturamento destes e seus profissionais para enfrentarem os atuais e futuros desafios, para seguirem firmes e adiante. Estar liderando a equipe de desenvolvimento, suporte e implantação do ERP, me trás uma visão muito clara e ampla da indústria em todas as relações entre as áreas, o que é cativante e desafiador. Sem mestrados, titulações ou fórmulas prontas, vamos agregando valor e auxiliando empresários e equipes a evoluírem e manterem estabelecidas novas e boas culturas na rotina operacional e estratégicas do negócio. Assim, lidando com as dores destas industrias, vou evoluindo em conhecimento, encontrando e desenvolvendo soluções e me tornando cada vez mais um ser humano completo, humilde e seguro por poder apoiar a sociedade em que vivemos. Sigo o lema de viver o momento, curto a cozinha e bons projetos sociais. Evoluir sempre.